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Não podemos ter tudo, não o tempo todo!

  • Foto do escritor: Elsa Mbumba
    Elsa Mbumba
  • 23 de out. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 22 de ago. de 2024


Mulher feliz

Vários são os pilares que compõem as nossas vidas e, convenhamos em concordar que, de mulher para mulher, varia a importância, tempo, empenho e dedicação que empregamos a cada um deles. Não podemos ser a melhor mãe, a filha excelente, a irmã perfeita, a esposa sem falhas, a namorada top, a dona de casa sem quedas e muito menos a profissional sublime ou a melhor cidadã comunitária, pelo menos não o tempo todo.


Em certos momentos da vida, é normal nos concentrarmos em determinadas áreas. À medida que direccionamos mais energias para uma área, as outras podem ficar em segundo plano, e não há absolutamente nada de errado com isso. Torna-se crucial reconhecer que não podemos manter tudo equilibrado o tempo todo; é ilusório, humanamente impossível.


O verdadeiro equilíbrio, passa por compreender que é aceitável falhar, que é compreensível ter menos disponibilidade para determinadas coisas em detrimento do que é prioritário no momento, e principalmente, pedir ajuda, porque é o que é necessário a dada altura. Precisamos encontrar tempo e espaço para todas as áreas da vida. Esse é o verdadeiro jogo de cintura: entender que daremos mais atenção a algumas áreas enquanto outras ficam em segundo plano temporariamente, e que facilmente podemos inverter consoante as necessidades.


Pensem no exemplo de uma mulher que decide investir mais na carreira, no empreendedorismo que recentemente abraçou, e na sua família nuclear, pois tem noção que é necessário. Contudo, entende que, em algum momento, deverá planear passar mais tempo com a família extensa, tirar férias ou cuidar mais de si, pois o seu foco e empenho em determinadas áreas agora pode fazer com que a curto, médio ou a longo prazo sinta que descurou das outras igualmente importantes, o que é quase inevitável.


Noutra nota, para chamar atenção de que nada disso é possível sem ajuda, e que é preciso saber gritar, suponhamos que outra mulher vá diminuir a atenção que emprega à sua relação conjugal ou o tempo de qualidade que tem com os filhos temporariamente para voltar a estudar, torna-se necessário investir num diálogo com a família e certificar-se de que todos à sua volta compreendam por que precisa desse apoio. Atenção que é provável que não vá resultar de primeira, mas essa readaptação exige força de vontade, persistência e consistência.


Por nós, pelo nosso bem-estar físico e psicológico, pela estabilidade e coesão familiar de que tanto precisamos para nos mantermos firmes e fortes, pelos nossos objetivos, aceitemos que por mais fortes que sejamos, não é possível sem suporte e não podemos ter tudo, pelo menos não o tempo todo. Acreditar no contrário é demasiado exigente e quase desumano.

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